O Viver da segunda Milha: O poder restaurador do Perdão |
A segunda milha tem uma história fascinante. Se não tirarmos tempo para compreender a história por trás das palavras, perderemos o seu significado. Esta parábola baseia-se num quadro de um país ocupado. O verbo "forçar" vem do grego, aggareuein. O substantivo vem de uma palavra persa, que no antigo sistema postal significava estafeta. As estradas eram divididas em estádios cerca de um dia de distância uns dos outros. No final de cada estádio havia provisão de alimento, água e acomodação para o estafeta.
O costume era que qualquer cidadão e seu cavalo podiam ser forçados a percorrer um estádio. A palavra grega aggareuein representa tal alistamento compulsório. Através dos anos, a palavra passou a indicar trabalho forçado ou fornecimento de bens pelas pessoas de um país ocupado. As forças de ocupação podiam exigir o serviço dos vencidos mediante a força. Na Palestina, a qualquer instante o judeu podia ser forçado ao serviço. Ele não tinha recurso senão cooperar e cumprir o que lhe exigiam. .
O que Jesus parece estar dizendo é que se caminharmos a milha que alguém nos peça, estaremos apenas cumprindo o que é requerido de um país ocupado. Contudo, se com o fardo nas costas indicarmos a disposição de continuar em serviço, causaremos boa impressão nos outros com nossa disposição amorosa. O mínimo necessário não impressiona a Jesus. Ele -chama o seu povo para manter o fardo nas costas e prosseguir.
Essa história tem uma implicação prática na questão do ressentimento. Em vez de nos ressentirmos ao ser forçados ao serviço, Jesus sugere que devemos manifestar amor prático pela pessoa de quem nos ressentimos. Vá além das expectativas. Dê a si mesmo além do seu limite e descobrirá que o segundo fôlego do Espírito Santo estará infundindo vida, energia, amor e perdão.
Extraído do livro "O que Deus tem de Melhor para Sua Vida" de Lloyd John Ogilvie - Editora Vida
Comentários
Mensagem inspirada e inspiradora! Realmente andar a segunda milha é demonstrar o verdadeiro amor cristão.
Já faz alguns anos vi uma reportagem de uma revolução dentro de um mosteiro tibetano, com os monges revoltados quebrando tudo e ateando fogo dentro do mosteiro.
Por aí já sabemos que nem reclusão e isolamento nos fazem fugir da necessidade de encararmos as frustrações nos relacionamentos.
Não que eu ache que seja impossível cumprir essa questão da segunda milha, mas fato é que poucos conseguem, e nem um deles sem ter caído pelo caminho. Ainda assim ecoa as Palavras de Jesus, chamando-nos ao recomeço e à segunda milha.