Oração: Quando o Céu parece Fechado |
Vamos continuar o assunto da Oração. Depois de falarmos sobre "A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO" na postagem anterior, vamos abordar agora sobre fatores que podem impedir ou podem potencializar a eficácia da Oração.
Pastor Humbard contava sobre um amigo que gostava de compra aviões de brinquedo para montar. Gastava muito tempo montando diferentes modelos com seu filho. Mas como era impaciente e não gostava de ler as instruções, por isso, a montagem nunca dava certo. Sempre sobravam peças que ele não conseguia encaixar. Pastor Rex lhe dizia: “você nunca vai conseguir um modelo perfeito se não aprender a ler e seguir as instruções.”
Existem muitas pessoas que oram da mesma forma como aquele senhor tentava montar os aviões. É possível que tenham experimentado orar uma ou duas vezes, sem resultados. Mas, em vez de lerem o manual de instruções, que é a Palavra de Deus – a Bíblia – e descobrirem o porquê suas orações não dão resultado, simplesmente desistem ou continuam, repetindo os mesmos erros.
Para que a oração dê resultado, precisamos aprender a usá-la de um modo apropriado. Há algumas coisas que impedem as orações de serem ouvidas:
- A desobediência fecha a porta: As orações do povo de Israel foram bloqueadas porque o povo de Israel não se arrependia. Iam a lugares que Deus proibira: “Voltastes, pois, e choraste perante o Senhor; mas o Senhor não ouviu a vossa voz nem para vós inclinou os ouvidos” (Deuteronômio 1:45).
- A indiferença pode ser um impedimento: Deus diz o que pensa e cumpre o que diz. “Então a mim clamarão, mas eu não responderei; diligentemente me buscarão, mas não me acharão” (Provérbios 1:28) – ler desde o vs. 24 ao 33.
- Quando recusamos obedecer, impedimos a Deus de nos ouvir: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável” (Provérbios 28:9).
- O pecado impede a oração de ser respondida: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça” (Isaías 59:2).
- Mesmo os pecados secretos nos impedem de receber as bênçãos de Deus: “Se eu tivesses guardado a iniqüidade no meu coração, o Senhor não teria me ouvido” (Salmo 66:18).
- A teimosia fecha as portas: “Sim, fizeram duro como o diamante o seu coração, para não ouvirem a lei, nem as palavras que o Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito mediante os profetas antigos; por isso veio a grande ira do Senhor dos exércitos. Assim como eu clamei e eles não ouviram, assim também eles clamaram, e eu não ouvi, diz o Senhor dos exércitos” (Zacarias 7:12-13).
- Uma fé instável torna a oração estéril: “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante a onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa” (Tiago 1:6-7).
- Uma auto-indulgência, ou egoísmo, impede o poder: “Pedir e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tiago 4:3).
A Chave: Princípios da Oração Poderosa |
resultado de cinco princípios
As orações que alcançam o trono da graça têm cinco coisas em comum. E é muito importante que os membros da Restauração e Vida compreendam esses cinco fatores, para que nossas orações como um corpo de cristãos, possam ter o poder de alcançar as respostas de Deus.
A Palavra de Deus declara que são necessários:
- Arrependimento: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14).
- Um coração dedicado: “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13).
- Fé: “Por isso vos digo que tudo quanto pedirdes em oração, crede que o recebestes, tê-lo-eis” (Marcos 11:24).
- Justiça: “A súplica feita de um justo pode muito na sua atuação” (Tiago 5:16).
- Obediência: “E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que lhe é agradável a vista” (1 João 3:22).
Caso daqueles que têm um
Coração puro
A oração é um privilégio reservado ao crente. A bíblia nos diz: “Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende” (João 9:31). Portanto, a fim de que a oração alcance resultados, as linhas de comunicação têm que ser reestabelecidas primeiro – e isso acontece quando a pessoa vem a Cristo pedindo-lhe perdão dos seus pecados. O privilégio da comunicação diária é para os que amam a Jesus.
É por isso que o membro da igreja do Senhor, antes de tudo, tem de ser um crente, alguém que aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal.
Muitas pessoas gostariam de possuir o privilégio da oração sem a purificação da alma. Certo dia Jesus fez uma solene pergunta a um homem enfermo: ”Queres ser curado?” A resposta lógica parece que deveria ser “sim”. Entretanto, tenho verificado que muitas pessoas não querem abandonar seus pecados. Só querem o alívio da pressão que este traz. Uma senhora alcoólatra vinha orando há muitos anos para vencer o vício. Finalmente, seu conselheiro espiritual ajudou-a a entender que ela não queria ser curada, mas apenas tornar-se sóbria. Quando ela entregou a vida inteiramente a Cristo e se libertou dos ressentimentos que guardava no coração, então foi libertada também do vício do álcool. Orações de pessoas que se recusam a ser purificadas dos seus pecados ficarão sem resposta, porque as linhas de comunicação estão interrompidas. Os membros da Igreja do Senhor devem manter sua vida, ou então suas orações não terão poder.
Há ocasiões em que os que conhecem a Cristo permitem que ressentimentos penetrem em seu coração. Quando isso acontece, o crente tem problemas com a oração. Se nossas orações estão sendo bloqueadas, será bom examinar nosso coração para nos certificarmos que buscamos perdão para os pecados que cometemos. Não podemos ignorar os pequenos danos que causamos às pessoa, os atos impensados de falta de amor, ou de desconsideração para com os outros. Essas coisas se erguem e bloqueiam o caminho das nossas orações. Elas também prejudicam o trabalho que podemos fazer com uma Família de Oração.
O relacionamento interrompido
com familiares ou amigos,
obstrui nossas orações
O Pastor Rex Humbard dizia que era procurado por pessoas que confessavam: “Rex, os céus parecem como chumbo, e não consigo orar.” Muitas vezes descubro que a razão é que a pessoa está tendo problemas em casa, com o cônjuge, ou com alguém no trabalho. A Bíblia diz “Maridos, vós igualmente vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, por isso que sois juntamente herdeiros da mesma graça da vida; para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pedro 3:7).
O relacionamento interrompido terá um efeito devastador na vida de oração de qualquer crente. Quando marido e mulher têm ressentimentos um para com o outro, sua comunicação com o Criador se interrompe. Quando alimentamos ressentimento em nosso coração para com outra pessoa, rompemos a linha de comunicação com o céu. Essa pessoa se colocou entre Deus e nós.
Nossa comunicação com Deus está diretamente relacionada com nossa comunicação com o próximo.
Jesus nos ensinou orar dizendo: “... E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores...” (Mateus 6:12).
Se quisermos ter perdão, comunhão e comunicação com Deus precisamos ter a ligação aberta entre Deus e nós, e também entre nós e nosso próximo. O céu sempre parecerá como chumbo se houver pessoas no caminho da nossa comunicação direta com o Senhor.
E isso pode ser devastador para uma vida de Oração Vitoriosa.
Todos temos visto a tragédia de desentendimentos entre os crentes. Por vezes, a quebra de relacionamento é tão profunda que toda igreja, infelizmente, sofre.
Quando permitirmos que tal coisa aconteça, então, estamos fazendo o “jogo” de Satanás. Ele terá conseguido não só nos isolar uns dos outros, mas também de Deus. E quando estamos isolados, somos presas fáceis do inimigo. Jesus sabia como é essencial o nosso relacionamento uns dos outros, e por isso ele nos ensinou a orar: ”Perdoa-nos... como nós perdoamos aos nossos devedores”.
Jesus não só nos advertiu quanto a relacionamentos interrompidos, mas também nos ensinou como tratar do problema. Ele disse: “Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta” (Mateus 5:23-24).
Jesus prossegue dando alguns conselhos muito práticos em nosso comportamento para com os outros: “Concilia-te depressa com o teu adversário...” (Mateus 5:25). Muitos de nós insistimos tanto em que a nossa vontade seja feita, que passamos nossa vida cortando as pessoas na lâmina afiada do nosso egoísmo. Tragicamente, não só as ferimos, mas também rompemos nossa comunicação com Cristo. E a nossa eficiência como pessoas de oração se reduz.
Orações negativas produzem
Respostas negativas.
Um dos pontos mais mal compreendidos quanto a oração é o fato de estarmos lidando com certas leis de Deus. As leis de Deus são como sua natureza – constantes, dignas de confiança, sem defeitos ou variações. Todas as orações do justo são respondidas. Mas em que consistem elas? Se fizermos orações positivas teremos respostas positivas. Mas, se fizermos orações negativas, receberemos respostas negativas. É, novamente, o princípio da semeadura e da ceifa: colhemos o que semeamos.
Aqueles que têm problemas na oração fariam bem se examinassem cuidadosamente suas orações. Quase sempre elas giram em torno de suas próprias fraquezas, defeitos e insuficiências. Essas pessoas focalizam tais coisas em oração até se tornarem o tema central da sua conversa com Deus. Essa é a oração negativa, e só trará um sentimento de auto-condenação.
Oração real e eficiente é aquela que vai além desses pensamentos negativos para o glorioso poder de Cristo. Em outras palavras, não concentramos nossa atenção naquilo que somos ou quão fracos somos. Antes, salientamos em nossas orações o que podemos nos tornar em Cristo. É ridículo culpar a Deus por não termos resposta às nossas orações, se estamos fazendo orações negativas, concentrando nossa atenção nas coisas ruins ou ao redor de nós, em vez de concentrá-la naquilo que pode acontecer através de Cristo.
Fé significa entrar na
esfera da ação.
Nada que nos é dado é realmente nosso até que o recebamos. É assim também com nossas orações. Até que demos o salto de fé e realmente aceitemos a resposta pela fé, a oração não passa de palavras. Jesus disse: “E tudo que pedirdes em oração, crendo, receberei” (Mateus 21:22). E talvez este aspecto da oração seja o mais difícil de todos para alguns compreender.
Depois que oramos, de acordo com a vontade de Deus, com um coração puro e confiadamente, então receberemos. Esta é a maneira pela qual você pode ter respostas miraculosas à oração. As respostas muitas vezes vêm de modos inesperados, mas sempre vêm porque a oração é a linha direta de comunicação com o Todo-Poderoso.
Mas quando a necessidade é desesperadora, nossas orações devem ser mais urgentes. E no próximo Post vamos tratar desse tipo de oração. Aguardem!!!
Se este assunto foi relevante para você, deixe seu comentário ou envie e-mail para gersonluizgl@ig.com.br contando seu testemunho.
Pastor Rex Humbard |
* Este estudo é todo do Pr. Rex Humbard, com algumas adaptações minhas.Pr. Rex faleceu em 2007 aos 88 anos de vida.Pr. Gerson Luiz Garcia de Lima
Comentários
É sempre muito importante meditarmos sobre a oração, pois é através dela que em nome de Jesus temos comunhão com o Pai.
Obrigado por mais essa bela mensagem!
Deus te abençõe!
Maurinei,
http://fiqueligadobloggospel.blogspot.com/
Interessante esse seu blog!
Sobre a postagem, posso afirmar que é excelente no conteúdo.
Alguém disse certa vez: "Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder!".
Abraços.
Espero ter sempre o irmão por aqui.
Um grande abraço fraterno, no nome de Jesus!
=)