Mensagem Pregada na celebração do dia 21 de Setembro 2020 na Comunidade Evangélica
Texto Base: João 15:1-18
Versículo Chave: "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma." João 15:5
INTRODUÇÃO
Antes de darmos uma olhada mais profunda em João 15, precisamos deixar claro que a partir do momento em que recebemos Jesus como nosso Senhor e Salvador nos tornamos filhos de Deus (João 1:12), e experimentamos o Novo Nascimento ao completar os passos do plano de redenção (João 3:5-7 e Atos 2:38). Então temos uma IDENTIDADE na FAMÍLIA DE DEUS.
Uma escolha pode nos fazer, no entanto, a renegar essa identidade e decidir seguir um rumo independente e distante. Mas, assim como quando o filho pródigo, caindo em si (recuperando o juízo), decidiu voltar e o seu pai lhe restaurou a posição na família assim o Senhor fará conosco (Lucas 15:11-32).
No capítulo 15 percebemos as seguintes linhas de pensamento: produção de frutos através da permanência em Cristo (vs. 1-11); o amor como fruto supremo (vs. 12-18).
PRODUÇÃO DE FRUTOS ATRAVÉS DA PERMANÊNCIA EM CRISTO (VS. 1-11)
Eu sou a videira verdadeira. Um contraste com Israel, a vinha plantada por Deus que provou ser estéril (Is. 5:1-7). Verdadeira. Tudo o que uma deveria ser no sentido espiritual. Cristo não é simplesmente a raiz ou o tronco, mas toda a planta. Incluído nEle está o Seu povo. O Agricultor é proprietário e tratador da vinha.
Todo ramo que, estando em mim. Estar em Cristo é um fato espiritual de importância incalculável. Não der fruto. Assim como a planta possui brotos que absorvem a seiva mas nada lhe acrescentam, precisando por isso serem cortados, da mesma maneira um filho de Deus, estéril, que insiste em fazer a sua própria vontade pode também ser posto de lado. Limpa/Poda. Isto se aplica ao ramo que dá fruto. Ele é mantido limpo de qualquer tendência para a apatia ou improdutividade. O objetivo é mais fruto.
Já estais limpos por causa da pela palavra. Separados dos outros, tendo recebido a revelação de Deus em Cristo.
Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Essa permanência se relaciona com a vontade, a decisão de depender conscientemente de Cristo como a condição de produção e fruto. A resposta de Cristo é a união vital com o crente.
A videira e as varas são distintas. Da videira vem a vida; das varas, como resultado, vem o fruto. A ordem é a mesma de 14:20 e 15:4. Nossa permanência em Cristo relaciona-nos com a fonte da vida. Sua habitação em nós é um fornecimento constante de fruto – muito fruto. Sem mim. Separados de Mim, cortados de Mim.
Se Alguém não permanecer em mim... Isso refere-se à produção do fruto e não à vida eterna, o fogo é um juízo sobre a esterilidade, não um abandono à eterna destruição. A vara é o potencial de produção de fruto, não a própria pessoa. Estamos falando aqui de obras infrutíferas (veja 1º Co. 3:15).
SE vós estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em vós. As palavras de Cristo, como também a pessoa de Cristo, devem permanecer no crente. É o ensinamento de Cristo que desperta a verdadeira oração. Quando a palavra de Cristo habita abundantemente em nós (Cl. 3:16), pode-se pedir o que quisermos, e será feito. Começamos a produzir frutos quando os princípios da Palavra de Deus começam a fluir através de nossas vidas, através da expressão que fazemos da Palavra em nossa vida prática. – Veja Romanos 13:7-14. O Senhor sempre vai nos “podar” trabalhando nas áreas em que resistimos entregar ao senhorio de Cristo. Os princípios do Reino são inegociáveis. Os seus mandamentos, porém, não são penosos. Muitas vezes falta para alguém que diz querer servir a Deus o EMPENHO e o DESEMPENHO. Mais do que fazer as coisas para Deus, temos de aprender a fazer coisas com Deus (ou seja, sob sua inspiração).
O discipulado nosso com Jesus deve ser de crescimento dinâmico. Quanto mais fruto produzimos, mais verdadeiramente estamos nos encaixando no padrão de discípulos, aqueles que aprendem de Cristo a fim de se parecerem com Ele. Deus é glorificado pelo Seu investimento na vinha.
Aproveitar o amor do Salvador está condicionado na obediência aos Seus mandamentos. Assim como Cristo também agiu debaixo desta regra aprendendo obedecer (leia Hebreus 5:8-9). E nós, como discípulos, não estamos acima do nosso Senhor.
A vida de amor produz gozo. Esse gozo é uma ALEGRIA TRANSBORDANTE, não deixando lugar para o medo ou insatisfação (1º 4:18). A seguir temos a ordem de nos amarmos uns aos outros.
Nos versículos 12 e 13 temos um resumo de nossa obrigação do cristão. Não é mais uma advertência de guardar os mandamentos de Cristo para permanecer no Seu amor (v. 10), mas é uma ordem formal para concentrarmo-nos no mandamento do amor de uns aos outros.
Assim como eu vos amei. A medida do amor de Cristo pelos seus filhos foi seu sacrifício, do qual nos beneficiamos (veja 1º João 3:16). Esse padrão só pode ser alcançado quando o amor do próprio Cristo tem permissão de fluir através da vida do Seu povo. A cruz não é algo imposto mas algo aceito – dar alguém a sua própria vida. A prontidão em dar indicação antecipada do propósito de morrer por aqueles que são amigos Morrer por eles de modo nenhum contradiz o propósito de morrer por um círculo maior, até mesmo pelo próprio mundo.
A amizade com Jesus não elimina a necessidade da obediência. Nossos comportamentos sob os princípios do Reino, sob o ministério da graça, devem ser maiores que sob o ministério da lei, pois não há mais condenação e somos livres para mostrar a justiça que vem pela fé no filho de Deus – Mateus 5:20.
FOMOS ESCOLHIDOS PARA PRODUZIR FRUTOS
Não são apena os discípulos estão nos planos de Deus. Cristo exorta que aceitemos o privilégio de transmitirmos a mensagem aos outros. Como seus primeiros discípulos, também fomos escolhidos por Cristo para estender os benefícios de sua obra de salvação. Vades e deis frutos. Anteriormente o fruto era o amor. Agora tem de ser o amor em ação, a proclamação da mensagem da salvação e o ganhar de almas. Há uma relação íntima de pensamento com João 12:24. Fruto que Permaneça. Que haveria fruto permanente foi uma promessa graciosa no ministério de Jesus, se considerarmos que muitos professaram interessar-se por Ele, para deixá-lO logo após algum tempo. Fomos chamados para permanecer. Esse permanecer já falamos no versículo 5. Sem estar vitalmente ligado no Senhor perde-se o propósito.
Precisamos ter RESILIÊNCIA. É a capacidade de resistir às pressões e compressões. Rigidez e flexibilidade, conforme a situação.
QUANDO SE ESTÁ UNIDO À VIDEIRA (JESUS):
- Devemos nos submeter à poda (tratamento de Deus em nossa vida); Estar sendo transformado no processo;
- Devemos entender que os frutos da Videira são para quem está ligado vitalmente em Cristo;
- Devemos estar amplamente conectado à Palavra de Deus, possibilita ser transformado por ela e habilitado para o exercício da Fé;
- Glorificamos a Deus quando damos frutos abundantes e consistentes;
- Devemos dar frutos que permanecem (transformação consolidada).
Que Deus possa ter edificado sua vida com essa Palavra.
No amor de Cristo,
Gerson L G Lima
Pastor
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