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Os sete espíritos de Deus

 


“...da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono” - Apocalipse 1:4. “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra”. – Apocalipse 5:6. “sobre esta pedra única estão sete olhos...” Zacarias 3: 9. “esses são os sete olhos do Senhor, que percorrem por toda a terra”. Zacarias 4:10.

Estes textos são apenas um quadro correspondente com sucessiva formação. Os sete espíritos originais são justamente os pensamentos em Deus e as ideias subsequentes. No Místico número sete se baseia a perfeição Divina, em cada pensamento elaborado e em cada ideia fixada e projetada. Antes de entrar no assunto, quatro animais viventes são os que controlam, cada um por si. A “mãe da criação 1º das carnes das Águas (peixes e etc), 2º das carnes dos animais (domésticos ou selvagens) 3º das carnes das aves (passarinhos e galinhas, por exemplo), 4º das carnes humanas (homens e mulheres).

Então, quais são os 7 espíritos de Deus?

O 1º ESPÍRITO DE DEUS – e que é a causa primária – O AMOR. Acha-se em tudo e em todas coisas, sem ele, nada seria possível – João 3:16.

O 2º ESPÍRITO DE DEUS – é a SABEDORIA. Como Luz surgida do amor. Encontrá-la-ás na forma de todos os seres. Quanto mais sabedoria, mais perfeita e bela é a forma – Salmo 104:24.

O 3º ESPÍRITO DE DEUS – provido de AMOR e SABEDORIA, é a vontade ativa de Deus, a ONIPOTÊNCIA. Por ela os seres imaginados e idealizados de Deus seriam como as do homem, jamais postos em Ação. Gênesis 1:3 e 24 "e disse Deus: “Haja luz e houve luz”... E assim foi”, etc..

O 4º ESPÍRITO DE DEUS – como emanação dos três anteriores, é a ORDEM. Sem ela, ser algum teria forma constante, nem determinada finalidade. Se, por exemplo, fosseis emparelhar um boi no arado e ele mudasse de forma, atingiria alguma finalidade? Que benefício teria o fruto, se em tua boca se transformasse em pedra? E se, ao caminhar por uma estrada, e esta se tornasse em água, como num rio? Todo esse desarranjo é impedido pela ORDEM, Gênesis 8:22, Malaquias 3:6.

O 5º ESPÍRITO DE DEUS - chama-se RIGOR. Jesus fala do Rigor em Mateus 10:16, sobre as obras das pessoas, porém aqui falaremos do Rigor em Deus mesmo. Sem o qual não seria possível a consistência de coisa alguma, porque é semelhante a eterna vontade de Deus, dando a todos os seres estabilidade real, procriação, germinação e aperfeiçoamento final. Sem tal espírito em Deus a situação de todos os seres seria insustentável. Dentro em breve se modificariam as condições que lhe deram origem, e as formações maravilhosas e belas se desvaneceriam. Em Tiago 1:17 lemos Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”.

Prossigamos: onde existe AMOR - SABEDORIA - ONIPOTÊNCIA - ORDEM PERFEITA e RIGOR IMUTÁVEL, forçosamente se apresenta a PACIÊNCIA, a mais perfeita e jamais atingível. Sem ela, toda criação se precipitaria causando a pior confusão. Exemplificando: Se um engenheiro pretende construir um edifício, não pode prescindir da paciência, além de outras qualidades e atributos. Se a Paciência lhe faltar ele jamais terminará a construção. Afirmo-te, se Deus não tivesse esse espírito, a muito não mais haveria nem mesmo o Sol. A Paciência é a mãe da Misericórdia eterna e imutável de Deus e, caso não existisse, onde e o que seriam todos os seres diante desse Deus Onipotente - Apoc. 1:9.

Se pois falharmos e nos expusermos deste modo à maldição aniquiladora do AMOR, SABEDORIA, ONIPOTÊNCIA e seguidos pelo RIGOR, em virtude da ORDEM precedida, infringirmos a divina PACIÊNCIA que, todavia, no devido tempo, tudo leva ao equilíbrio. Sem ela todos os seres, por mais perfeitos que fossem, estariam sujeitos à eterna condenação.

O 6º ESPÍRITO DE DEUS - A PACIÊNCIA – Apocalipse 13:10 e 1:9. A paciência Divina poderia, em conjunto com os cinco espíritos precedentes, criar inúmeras criaturas na Terra e conservá-las constantemente. Teriam, porém, que viverem épocas infinitas em um corpo pesado, sem poder cogitar da final libertação da matéria ou do pecado. Além disso, a procriação e germinação não teriam fim e, no final, estabeleceria um tamanho acúmulo a impossibilitar uma a se desviar da outra. Subentende-se, no caso, que o corpo amadurece pela paciência divina, a ponto de manter a flora, a fauna e os seres humanos.

A criação, mesmo com a ajuda dos SEIS espíritos, seria lenta e até mesmo duvidosa - 2º Coríntios 1:3, Salmos 89:14 e 100:5.

Mas, como já disse, a PACIÊNCIA é a mãe da MISERICÓRDIA DIVINA, que é o 7º ESPÍRITO DE DEUS e que, referiremos também como BRANDURA. Ela tudo ajusta, organiza os espíritos precedentes e efetua a maturação oportuna de um corpo, do nascimento até a morte. Ela fixa para tudo uma determinada época. A própria Terra se murcha – veja Isaías 24:4. Justamente o sétimo espírito fez com que Deus mesmo encarnasse a fim de libertar todos os espíritos algemados ao julgamento eterno – 1º Pedro 3:19, no mais breve tempo de sorte que se pode classificar sua obra: a SALVAÇÃO.

Usando a MISERICÓRDIA – Romanos 11:32. A reformação dos céus e do mundo é, portanto, a maior obra de Deus. Isaías 65:17 a 66:22, Apocalipse 21:1. Porque nela, a SALVAÇÃO, agem os sete espíritos, perfeitamente uníssonos, fato anteriormente impossível em virtude do espírito da ORDEM em Deus. Pois anteriormente, este espírito somente colaborava com os demais na realização dos pensamentos e ideias de Deus. Depois da Encarnação do Senhor, este age mais poderosamente e a consequência disto será a completa SALVAÇÃO. Por isso, podemos dizer que diante do trono de Deus está a SALVAÇÃO.

Eis os 7 espíritos de Deus, e toda criação deles correspondentes, as sete tendências individuais do Criador, sua projeção eterna e constante. A luta constante dos sete espíritos ou virtudes de Deus (e houve batalha no céu - Apocalipse 12:7), pela simples razão de que um estimula o outro a ação. Também se apresenta, mais ou menos, em todas as criaturas. Efésios 6:12 e 1º Timóteo 4:10.

O AMOR, em si, é cego. O seu empenho se concretiza em atrair tudo em redor. Nesta inclinação, o Amor se inflama, fazendo-se Luz, Compreensão e Conhecimento dentro dele. Não percebes como a luz se debate contra a aspiração isolada do Puro Amor, levando à ordem e à reflexão? Desta luta ou guerra, desperta igualmente a vontade como braço ativo do amor e de sua luz, pondo aquilo que por ela fora sabiamente organizado.

Eis que se manifesta a ordem através do conhecimento do amor pela luz e sua força, a ponto de que a Ordem combate a desordem pela Luz e a vontade do Amor, tanto em Deus como nas criaturas. Tudo isso faria o equilíbrio caso fosse possível garantir que aquilo posto em Ação pelos quatro primeiros espíritos já tivesse estabilidade. Todas as suas obras, tão maravilhosas, assemelhariam-se às distrações de crianças, que com imensa alegria têm prazer, destruindo com afinco maior, do que aquele que fora empregado para realizar. Em tal caso, a estabilidade da criança seria problemática. Por isso, a fim de evitar esta possibilidade surge dos quatro espíritos, e em virtude da enorme satisfação com o resultado final das obras, o RIGOR, como o quinto espírito de Deus, e em suas criaturas, lutando permanentemente contra a destruição e aniquilamento das obras - João 5:17, assim como um homem compreensivo, após ter construído casa e vinha, tudo fará para mantê-las e não procurará a sua destruição. A casa, no entanto, apresenta com o tempo certos defeitos; e a vinha custa a dar a colheita esperada, de sorte que o Construtor se arrepende do trabalho e Rigor despendidos, deseja destruir tudo e iniciar outra obra. Então surge o sexto espírito chamado de PACIÊNCIA, conserva a casa e a vinha. Guerras espirituais. Ela, muito embora ligada aos demais espíritos, não empreenderá especiais melhoramentos, deixando tudo correr como está. Mas eis que surge o sétimo espírito, A MISERICÓRDIA (ou BRANDURA). Esta contém meiguice, dedicação, diligência, ação amorosa e generosidade. A criatura começa a restaurar a sua casa até desaparecerem os menores defeitos. Lavra e estruma a vinha, de sorte que esta possa lhe dar brevemente uma farta colheita. Tem-se aí outra luta, em Deus e no homem. O mundo estava assim, arruinado. O espírito de misericórdia impeliu a Deus a tomar a forma humana para reparar o que estava perdido, seu sangue “adubou” o mundo houve farta colheita para o seu celeiro. A colaboração destes espíritos, na medida de força e poder foi tal, a ponto de cada qual se achar dentro do outro. Deste modo, o Amor está em todos os demais espíritos, a Luz (Sabedoria) também, dentro do amor, e dentro dos demais espíritos subsequentes, até que todos estejam em equilíbrio recíproco, numa atividade constante.

Eis os sete espíritos de Deus enviados a toda terra. Isaías 45:21, João 4:42, 1º Timóteo 1:1, 2º Timóteo 1:10 e Judas 25.

Por Luiz Fernando Morona*

Luiz Morona, como é conhecido, foi pastor fundador da primeira Igreja Pentecostal Unida do Brasil em Curitiba de 1967 a 1974. Hoje com 84 anos, está aposentado.

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