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Uma Jornada de Liberdade na Fé


Nosso chamado para a liberdade em Cristo encontra eco nas páginas do Êxodo, onde Moisés confronta Faraó em nome do Senhor. Assim como o povo hebreu foi liberto do jugo egípcio, também somos chamados a romper com as resistências que o mundo apresenta à nossa fé.

Uma Semelhança Profunda

Há uma notável semelhança entre a saída do povo hebreu do Egito e nossa jornada espiritual. O novo nascimento nos retira da escravidão do pecado, enquanto a vida cristã nos conduz ao deserto da santificação. Neste processo, somos provados, assim como o povo no deserto, para que possamos alcançar as promessas de Deus. No entanto, a resistência é inevitável, e as cinco resistências enfrentadas por Moisés frente a Faraó refletem desafios que também encontramos em nossa caminhada de fé.

1. Resistência do Ativismo e Materialismo:

Da mesma forma que Faraó sobrecarregou o povo com a tarefa de ajuntar palha, muitas vezes nos vemos envolvidos em atividades que roubam nosso tempo e nos afastam do foco em Deus. É crucial discernir o que é essencial em nossas vidas e buscar em Deus a verdadeira fonte de nossa existência.

Adquirir algo que não precisamos, contrair dívidas por causa de compras além da nossa capacidade, manter dois ou mais empregos para dar conta de um orçamento pesado, viciar-se em trabalho, envolver-se obcecadamente em organização e limpeza, assumir as finanças de filhos maiores e capazes, assumir muitos compromissos sociais e comunitários, participar de intermináveis reuniões que não decidem nada, envolver-se em conversas inúteis, etc. 

Busque em Deus discernir o que pode estar sendo palha em sua vida.

A boa notícia é que Deus enviou o libertador. Moisés é uma figura de Cristo, nosso grande libertador. Podemos descansar na verdade que, não importa o tamanho da força do Egito e da voracidade de Faraó, "se o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres" (João 8.36 - NTLH).

2. Resistência da Superficialidade e Mistura Religiosa:

Faraó tentou interferir no culto a Deus, sugerindo que os hebreus oferecessem sacrifícios no Egito. Da mesma forma, somos tentados pela superficialidade espiritual e pela mistura religiosa. É vital resistir a falsas doutrinas e manter uma adoração genuína ao nosso Senhor.

Preste atenção nas palavras de faraó: "vão oferecer sacrifícios ao seu Deus, porém façam isso aqui mesmo, no Egito" (Êxodo 8.25 - NTLH). Há uma clara intenção de intervir no culto a Deus. Sacrifício no Egito representa um falso ensino e uma falsa conversão. É não adorar a Deus verdadeiramente; Não prosseguir no caminho da salvação e santificação; Envolvimento com sistemas religiosos que substituem o sacrifício de Cristo. Arrependei-vos e convertei-vos dos maus caminhos. O "Egito" é um mau caminho é caminho do mundo. O pecador para receber o perdão de Deus o pecador tem que abandonar o mundo, sair do Egito, e tornar-se para Deus.

3. Resistência do Engano:

Assim como Faraó tentou enganar Moisés, enfrentamos as artimanhas do inimigo que buscam paralisar nossa obra e distorcer a verdade. Busquemos discernimento em Deus para resistir ao engano e avançar com firmeza na jornada da fé.

 "Disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que indo, não vá longe; orai também por mim". (Êxodo 8:28)

“Não Vá Longe” – Satanás não quer que você avance em sua caminhada com Deus, mas resista e fique firme com o Senhor; Faraó simboliza Satanás e suas astutas mentiras e ciladas. 2 Tessalonicenses 2.9-10ª, 2 Coríntios 11.14 João 8.44. Precisamos ser libertos de tanto engano que quer nos envolver. 

Paralisar a obra, inibir teu ministério, não deixar que vidas sejam alcançadas. Tudo através de mentiras que o diabo trabalha no seu coração. Jesus deu-nos o seu Espírito Santo para nos dar instrução (1 João 2.20, 27) e também sabedoria (Tiago 1.5). Além disso ele providencia irmãos e irmãs que nos ajudarão a discernir a ação do inimigo (1 Coríntios 12.10).

Quem aceita Jesus, mas não rompe com as velhas amizades, é como a semente à beira do caminho, que fica ao alcance do diabo. Se na primeira proposta Faraó queria que Moisés aceitasse um sacrifício de mentirinha, na segunda ele esperava que a mudança também fosse de "brincadeirinha".

4. Resistência na Família:**

A recusa de Faraó em permitir que as famílias partissem reflete o ataque do inimigo às relações familiares. Precisamos proteger e valorizar nossas famílias, reconhecendo-as como projetos divinos e não cedendo às pressões que buscam enfraquecer nossos laços.

"Disse Moisés a Faraó: Assim diz o Senhor: Até quando recusas a humilhar-te diante de Mim? Deixa ir o Meu povo para que Me Sirva, e em seguida ameaçou com a praga de gafanhotos." (Êxodo 10: 1-11)  

Então Faraó querendo mostrar força diante de seus servos, endureceu as negociações. Moisés queria que saísse povo com suas famílias, incluindo velhos, filhos, filhas e o gado para fazer uma festa ao Senhor a uma distância de três dias no deserto. Faraó não concordou: Andai agora vós e os varões e ninguém mais. E os lançou fora do palácio.

De acordo com essa proposta, eles deviam deixar para trás as famílias e o gado. A família é um projeto do Senhor e não há acordo.

5. Resistência em Negar Recursos

A tentativa de Faraó de negar recursos ao povo reflete o desejo do inimigo de nos enfraquecer espiritualmente. Devemos resistir a qualquer tentativa de nos privar dos recursos espirituais ou materiais necessários para prosperar na fé.

"E Faraó chamou Moisés e propôs: Ide e servi ao Senhor, as crianças também podem ir, mas vão ficar as ovelhas e as vacas." (Êxodo 10. 24). Faraó contava com a fuga de Israel para a liberdade. Ao exigir que ficassem as ovelhas e as vacas estava planejando que a fome debilitasse, fragilizasse Israel e quando estivesse assim, iriam se lembrar da comida dos escravos, das cebolas do Egito e votariam correndo com os próprios pés. Aqui também não há acordo: Nossos recursos, físicos, espirituais, materiais e qualquer outro não entraram sob qualquer jurisdição do inimigo.

Rumo à Liberdade:

Faraó mandou chamar a Moisés pela última vez, na calada da noite, e disse: "Levantai, e saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, e servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide e abençoai-me também a mim". E os egípcios apertavam o povo, apressando-se para lançá-los fora da terra com receio de serem todos mortos pelo Deus de Israel. E fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, vasos de ouro e vestes. E saíram em vitória, livres e prósperos.

Em meio a todas essas resistências, lembremo-nos de que, assim como Deus enviou Moisés como libertador, temos em Cristo nosso redentor supremo. Sigamos firmes na busca pela liberdade espiritual, confiando no poder daquele que nos chamou para uma vida de plenitude e prosperidade. Assim como o povo hebreu saiu do Egito em vitória, nós também sairemos, livres e prósperos, quando permanecermos fiéis ao chamado do Senhor. Que a nossa jornada seja marcada pela determinação de "Deixe Meu Povo Ir", rumo à verdadeira liberdade em Cristo.

Por Gerson L G Lima - Pastor

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