Fiz uma reflexão sobre algo que me intriga profundamente: o silêncio que se instala entre pessoas queridas.
Como é possível que, sem mágoas ou conflitos declarados, o tempo e a rotina nos afastem de parentes ou amigos a ponto de nos sentirmos estranhos uns aos outros? Essa é uma pergunta que me leva a mergulhar nas complexidades das relações humanas e nos obstáculos que, muitas vezes, nós mesmos criamos.
O tempo se torna um labirinto de "e se...?" e "será que...?", alimentando inseguranças e dúvidas sobre a recepção do outro. E então hesitamos. Questionamos se ainda somos importantes, se a outra pessoa nos julgará pela ausência.
O orgulho e a negligência, disfarçados de racionalidade, nos impedem de admitir a saudade e o desejo de reconexão. Criamos justificativas para o silêncio, como "estou ocupado" ou "ela também não me procurou".
Questionamentos como "Por que eu devo dar o primeiro passo?" revelam a fragilidade do ego, que nos impede de enxergar o valor da reaproximação e da reconciliação.
Esquecemos que a humildade e a iniciativa são sinais de força, não de fraqueza.
Romper o silêncio exige coragem para se expor, para admitir a falta que o outro faz. É preciso deixar de lado a máscara da indiferença e mostrar o coração.
A verdadeira força reside na capacidade de superar o medo do julgamento e na disposição de se reconectar, independentemente do tempo ou das circunstâncias.
Acredito que a sinceridade desarma qualquer barreira. Um gesto simples, como uma mensagem sincera, um telefonema acolhedor ou um convite para um café, pode ser o início de uma jornada de reencontro, onde a autenticidade e a sinceridade são os guias.
Não espere por um sinal ou por um momento perfeito. A hora de agir é agora. A vida é efêmera, e o tempo perdido não volta.
Ao invés de se prender a suposições sobre a reação do outro, arrisque-se a descobrir a alegria do reencontro. Muitas vezes, a surpresa será positiva, e a conexão será reestabelecida com mais força.
Cada dia de silêncio é uma oportunidade perdida de cultivar o amor e a amizade. Mas, cada gesto de reaproximação é um presente para ambas as partes, um alívio para a alma.
O que fazer então? Envie uma mensagem simples: "Lembrei de você hoje e queria saber como está". Ou...
Marque um café ou um almoço: "Gostaria de colocar o papo em dia. Que tal nos encontrarmos?". Ou ainda...
Compartilhe uma memória: "Vi uma foto nossa antiga e me deu uma saudade...".
Se for um caso que envolva alguma mágoa, Seja sincero e peça desculpas, ou perdoe, oque for mais coerente com a situação.
Dê Valor ao Perdão: Se houver mágoas passadas, esteja aberto a perdoar e a ser perdoado. O perdão liberta e permite que a relação floresça novamente.
Lembre-se que todos erramos, e que dar uma segunda chance é um ato de compaixão.
Enfim, essa reflexão toda me leva a pensar sobre quantas conexões valiosas deixamos se perder por medo, orgulho ou negligência?
Convido você a se juntar a mim nessa jornada de autoconhecimento e a refletir sobre as relações que merecem ser resgatadas.
Que tal dar o primeiro passo hoje mesmo? Permita-se redescobrir o amor e a amizade que o tempo não apagou. Compartilhe suas próprias experiências e inspire outros a fazerem o mesmo.
Deus abençoe a cada um em suas RECONEXÕES.
Abraço,
Gerson Lima
Comentários